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PADRE DO CEARÁ ENTRA PARA PROGRAMA DE PROTEÇÃO APÓS SER ATACADO POR BOLSONARISTAS


Imagem reprodução.

O padre Lino Allegri deve ingressar no Programa Estadual de Proteção aos Defensores e Defensoras de Direitos Humanos (PPDDH) após ter sido hostilizado por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O pároco Lino Allegri, de 82 anos, foi agredido verbalmente duas vezes durante missas celebradas em Fortaleza, no mês de julho.


O pedido de inserção do padre no PPDDH partiu de membros do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CEDDH), da Defensoria Pública do Ceará (DPCE) e do Ministério Público do Estado (MPCE). O PPDDH tem objetivo de proteger pessoas que se encontram em situação de risco, vulnerabilidade ou ameaça decorrentes de sua atividade profissional.


As últimas ofensas ocorreram enquanto Allegri realizava um ato litúrgico na manhã deste último domingo (18). A celebração era transmitida pela internet e as imagens mostram quando um homem entra na Paróquia Nossa Senhora da Paz e começa a gritar com o pároco. É possível ouvir o homem afirmar que "este padre [Lino Allegri] transformou o altar em um palanque político".


Uma semana antes, em 4 de julho, Allegri foi ofendido por um grupo de pelo menos oito pessoas. As agressões verbais ocorreram logo que o padre começou a lamentar as mais de 500 mil mortes causadas pela pandemia de Covid-19 no Brasil.


O padre relatou que ele e outros membros da igreja têm recebido ameaças constantes. As tentativas de intimidação são feitas por meio de mensagens privadas nas redes sociais da paróquia e também pelo WhatsApp.


O governador do Ceará, Camilo Santana (PT) publicou nota em suas redes sociais noticiando que o padre está recebendo proteção da Polícia Militar do Ceará para garantir a sua integridade física. Além disso, as ameaças sofridas pelo sacerdote estão sendo alvo de um inquérito aberto pelas forças de segurança do Estado.


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